Manwë Súlimo: Rei de Arda e Senhor dos Ventos
- clubetolkieniano
- 7 de out. de 2021
- 3 min de leitura

Olá, queridos hobbits! Voltei com mais falatório sobre os Valar porque eu sei que vocês amam ler sobre os Poderes de Arda. Hoje nosso convidado é ninguém menos que o Rei de Arda, Manwë Súlimo, Senhor dos Ventos e amigo das Águias. Eu sei, eu sei, vocês já sabem tudo sobre o Rei dos Valar, mas vou escrever mesmo assim para o caso de alguém não saber.
Manwë é o irmão de Melkor no pensamento de Ilúvatar, mas como o segundo é meio rebelde (!!), Eru gosta mais do primeiro (pois é, ele tem filho preferido). Durante a Música dos Ainur, Manwë é visto como instrumento principal do segundo tema, iniciado para sufocar a confusão criada por Melkor, que inventou a implicância entre irmãos na Terra-média (brincadeira!). Então, depois da Música, quando os Ainur vão para Arda concretizar suas visões, Manwë é visto como um líder, exceto por Melkor que, embora fosse mais poderoso, era também mais encrenqueiro, o que fez com que Eru se identificasse mais com Manwë, tornando-o Rei de Arda, primeiro de todos os reis, Senhor dos Valar e Regente de Eru em Arda.
Considerado o Vala ligado ao ar, Manwë se deleitava com os ventos e as nuvens e amava os pássaros, que também o amavam e, assim, levavam seus recados aonde quer que fosse necessário. Súlimo era casado com Varda. Vejam bem, os Valar e os Maiar são os Ainur, que são espíritos criados do pensamento de Ilúvatar. Ao chegarem em Arda, eles assumiram formas físicas de acordo com o que sentiam ser apropriado e alguns viviam em relacionamentos, imagino que por afinidade mais do que amor em si; mas a questão é que Tolkien nos apresenta os casais como marido e mulher, mesmo que a relação não seja exatamente o que significa para nós, afinal eles são como anjos. Ainda não li A Natureza da Terra-média, mas provavelmente deve ter alguma coisa sobre isso lá. Se tiver, depois eu conto pra vocês!
Então, ao assumirem suas formas físicas, alguns decidiram se apresentar em forma feminina e outros, em forma masculina, mas todos se basearam na visão que tiveram dos elfos durante a Música e, por isso, temos os Valar parecidos com os primeiros filhos de Ilúvatar, que ainda iriam nascer. Manwë, em sua forma física, tinha olhos azuis e se vestia de azul. Os Noldor, posteriormente, fizeram um cetro de safira para ele. O Vala e Varda viviam em Taniquetil, a maior montanha do mundo, e os Vanyar (os preferidos de Manwë) viviam com eles no monte Oiolosse.
Ulmo, o Vala da água, era o melhor amigo de Manwë, que era descrito como um rei sábio e bondoso, que não entendia a maldade, principalmente de Melkor, e por isso o soltou em Valinor mais tarde, causando tudo o mais que a gente já sabe. Dizem as lendas que, quando Melkor escapar do Vazio, ele e o irmão se enfrentarão em Valinor, mas não se matarão.
Manwë era um dos Aratar, os Sublimes de Arda, e é considerado, junto com Aulë e Ulmo, um dos arquitetos do mundo. Em The Book os Lost Tales há uma versão em que Eönwë, o arauto de Manwë em O Silmarillion publicado, é seu filho, Fiönwë, mas a ideia de os Valar terem filhos foi abandonada por Tolkien. No entanto, podemos perceber alguns resquícios das versões anteriores na importância que o arauto tem na história publicada, afinal ele é quem lidera a Guerra da Ira contra Melkor.
O nome Manwë significa “abençoado” em Quenya e Súlimo, também em Quenya, é “Senhor dos Ventos de Arda”.
E é isso, pessoal! Esse é o Senhor dos Valar. Se preparem que vem muito mais por aí! Até mais!
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